domingo, 19 de setembro de 2010

Receitinha

Eu quero a sorte de um amor

tranqüilo

Com sabor de fruta mordida

Nós na batida, no embalo da rede

Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio

Pelo inferno e céu de todo dia

Pra poesia que a gente não vive

Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida

Te alcanço em cheio, o mel e a ferida

E o corpo inteiro como um furacão

Boca, nuca, mão, e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum remédio que me dê alegria

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